Gerenciando o contágio: Covid-19, saúde pública e comportamento reflexivo

v. 42 n. 3 (2022)

Jul-Set / 2022
Publicado em agosto 17, 2022
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Como Citar

Davis, John B. 2022. “Gerenciando O contágio: Covid-19, Saúde Pública E Comportamento Reflexivo”. Brazilian Journal of Political Economy 42 (3):555-71. https://doi.org/10.1590/0101-31572022-3405.

Gerenciando o contágio: Covid-19, saúde pública e comportamento reflexivo

John B. Davis
University of Amsterdam and Marquette University, Milwaukee/WI, United States of America.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 42 n. 3 (2022), Jul-Set / 2022, Pages 555-571

Resumo

Este artigo caracteriza uma pandemia como um tipo de contágio e descreve
um contágio como um sistema de feedback reflexivo de dois níveis e duas direções. Nesse
sistema, as opiniões de especialistas para gerenciar uma pandemia podem atuar como
profecias autorrealizáveis devido à forma como influenciam a formação de crenças coletivas.
No entanto, quando vários especialistas produzem várias opiniões de especialistas que
atuam como profecias autorrealizáveis, isso pode fragmentar a resposta de uma sociedade a
uma pandemia, piorando-a em vez de melhorá-la. Este artigo modela esse possível resultado
distinguindo duas opiniões de especialistas concorrentes, apelando, respectivamente, para
pessoas em situações de seguro de emprego/saúde do tipo bem comum e de pool comum,
e argumenta que, para combater a fragmentação de opinião sobre como lidar com uma
pandemia, as políticas de saúde pública precisam atender à natureza do raciocínio público.
Argumenta que isso implica perguntar como as instituições deliberativas justas e legítimas
podem funcionar de maneira “inclusiva e não coercitiva” que permita à sociedade reconciliar
visões concorrentes sobre como combater crises em todo o sistema, como pandemias.

Classificação JEL: A13; H41; H70; I100.


Palavras-chave: COVID-19 contágio profecia auto realizável saúde pública especialistas bens de interesse social pool de bens comuns raciocínio público estigmatização não coercitivo sociedade decente