Incerteza e não ergodicidade: crítica aos neoclássicos

v. 34 n. 2 (2014)

Abr-Jun / 2014
Publicado em abril 1, 2014
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Como Citar

Mallet Siqueira Campos, Marcelo, e Tulio Chiarini. 2014. “Incerteza E não Ergodicidade: Crítica Aos neoclássicos”. Brazilian Journal of Political Economy 34 (2):294-316. https://bjpe.org.br/repojs/index.php/journal/article/view/274.

Incerteza e não ergodicidade: crítica aos neoclássicos

Marcelo Mallet Siqueira Campos
Professor do IFRS, campus Bento Gonçalves.
Tulio Chiarini
Analista em C&T do INT/MCTI.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 34 n. 2 (2014), Abr-Jun / 2014, Pages 294-316

Resumo

O ponto de partida deste ensaio é mostrar que, em nossa opinião, o problema da economia tradicional não está no método dedutivo nem nos métodos matemáticos utilizados, mas em atribuir ao "poder" dos agentes econômicos no futuro e prescrever a existência de processos estocásticos ergódicos em suas análises econômicas. Assim, construindo uma teoria no terreno cujas bases não são capazes de sustentar uma compreensão adequada do mundo, a economia convencional tem dificuldades em usar a modelagem para estabelecer deduções e conclusões que ajudam a entender o sistema. Assim, o rigor lógico-matemático nos modelos e deduções econômicos pode ser usado com axiomas apropriados, o que não é o caso da economia convencional. Nossa hipótese é que a incapacidade do mainstream em prever crises econômicas se deve ao não reconhecimento de alguns princípios que melhor descrevem a dinâmica do capitalismo contemporâneo financeirizado, como os princípios da não ergodicidade e da incerteza keynesiana.

Classificação JEL: E00; E02; E12.


Palavras-chave: Incerteza não-ergodicidade crise financeira