O Debate entre Keynes e os “Clássicos” sobre os Determinantes da Taxa de Juros: Uma Grande Perda de Tempo?

v. 20 n. 2 (2000)

Apr-Jun / 2000
Publicado em abril 1, 2000
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Como Citar

Oreiro, José Luís. 2000. “O Debate Entre Keynes E Os ‘Clássicos’ Sobre Os Determinantes Da Taxa De Juros: Uma Grande Perda De Tempo?”. Brazilian Journal of Political Economy 20 (2):287-311. https://doi.org/10.1590/0101-31572000-1051.

O Debate entre Keynes e os “Clássicos” sobre os Determinantes da Taxa de Juros: Uma Grande Perda de Tempo?

José Luís Oreiro
Doutorando em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de janeiro e professor assistente da Faculdade de Economia e Administração do IBMEC, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 20 n. 2 (2000), Apr-Jun / 2000, Pages 287-311

Resumo

Este artigo apresenta o debate entre Keynes e os Clássicos em relação aos determinantes
da taxa de juros, com o objetivo de analisar se existe algum assunto teoricamente
relevante em discussão. Demonstramos que, ao contrário do que foi dito por muitos estudiosos
neoclássicos como Hicks, há uma importante questão teórica sendo discutida entre
Keynes e os Clássicos, que é o mecanismo pelo qual os planos de poupança e investimento
influenciam a taxa de interesse. Para os “Clássicos”, essas decisões têm influência imediata
sobre a taxa de juros, ou seja, o impacto imediato das variações de poupança e investimento
está sobre essa variável. Para Keynes, no entanto, o impacto imediato dessas variações
será sobre o nível de renda e emprego. Como resultado desse efeito, haverá uma alteração
no nível da taxa de juros. Essa mesma pergunta reaparece no debate entre Asimakopulos,
Kregel e Davidson; mas em um contexto diferente, é a consideração da propensão a economizar
como restrição financeira às decisões de investimento.

Classificação JEL: E12; E43.


Palavras-chave: Determinação da taxa de juros pós-keynesianismo