Teorias econômicas Marxistas e a Grande Recessão

v. 37 n. 3 (2017)

Jul-Set / 2017
Publicado em fevereiro 26, 2020
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Como Citar

Palludeto, Alex Wilhans Antonio, e Rogerio P. de Andrade. 2017. “Teorias econômicas Marxistas E a Grande Recessão”. Brazilian Journal of Political Economy 37 (3):527-50. https://doi.org/10.1590/0101-31572017v37n03a04.

Teorias econômicas Marxistas e a Grande Recessão

Alex Wilhans Antonio Palludeto
Instituto de Economia da Universidade de Campinas (IE/Unicamp).
Rogerio P. de Andrade
Instituto de Economia da Universidade de Campinas (IE/Unicamp).
Brazilian Journal of Political Economy, v. 37 n. 3 (2017), Jul-Set / 2017, Pages 527-550

Resumo

O presente artigo dedica-se ao exame de algumas das principais interpretações de inspiração marxista acerca da Grande Recessão que se apresentam publicadas sob a forma de livros. Do amplo conjunto de publicações sobre o tema, as seguintes obras foram analisadas: The Great Financial Crisis, de John Bellamy Foster e Fred Magdoff (2009); The Enigma of Capital, de David Harvey (2011), publicado originalmente em 2010; The Crisis of Neoliberalism, de Gérard Duménil e Dominique Lévy (2011); e The Failure of Capitalist Production, de Andrew Kliman (2012). Argumenta-se que o debate marxista em torno das causas últimas da Grande Recessão pode ser sistematizado a partir da seguinte clivagem: 1) de um lado, os autores que atribuem a turbulência à forma política/econômica/institucional específica assumida pelo sistema capitalista ao longo das últimas décadas; 2) de outro, aqueles que interpretam a crise recente como uma manifestação própria da dinâmica capitalista em geral – e não do modo particular que esta supostamente apresenta. Enquanto Foster & Magdoff (2009), Harvey (2011) e Duménil & Lévy (2011) compõem o primeiro grupo, Kliman (2012) pode ser visto como representante da segunda vertente.

Classificação JEL: E11; G01.


Palavras-chave: Teorias marxistas das crises Grande Recessão neoliberalismo taxa de lucro.