Países latino-americanos e o acordo internacional de comércio: a Conferência de Havana (1947-1948)

v. 36 n. 2 (2016)

Abr-Jun / 1016
Publicado em março 1, 2020
PDF-English (English)
PDF-English (English)

Como Citar

Breda dos Santos, Norma. 2016. “Países Latino-Americanos E O Acordo Internacional De comércio: A Conferência De Havana (1947-1948)”. Brazilian Journal of Political Economy 36 (2):309-29. https://doi.org/10.1590/0101-31572015v36n02a04.

Países latino-americanos e o acordo internacional de comércio: a Conferência de Havana (1947-1948)

Norma Breda dos Santos
Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília
Brazilian Journal of Political Economy, v. 36 n. 2 (2016), Abr-Jun / 1016, Pages 309-329

Resumo

Países latino-americanos e o acordo internacional de comércio: a Conferência de Havana. Este artigo se propõe a estudar a participação dos países latino-americanos na Conferência de Havana, que negociou e aprovou a Cartada Organização Internacional do Comércio (OIC), incluindo o Acordo Geral sobre Tarifa se Comércio (GATT), em 1947-1948. O trabalho mostra que o entendimento predominante entre as delegações latino-americanas era o de que as negociações de Havana seriam o resultado das assimetrias de poder material e político existentes entre os seus países e os países industrializados. Os latino-americanos acreditavam que as suas economias frágeis deviam enfrentar as fortes economias dos países industrializados através de planejamento econômico e da substituição de importações, já em vigor em vários países latino-americanos desde as décadas de 1930 e 1940. O trabalho mostra ainda que a construção do regime de comércio internacional pós-II Guerra Mundial foi de fato caracterizado por fortes desigualdades materiais e políticas, que prejudicaram a capacidade de negociação dos países latino-americanos.

Classificação JEL: F-13.


Palavras-chave: Conferência de Havana GATT comércio internacional Acordo da Organização Internacional do Comércio países da América Latina o multilateralismo liberalismo enraizado