Conservadorismo e Rigidez na Política Monetária

v. 31 n. 3 (2011)

Jul-Set / 2011
Publicado em julho 1, 2011
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Como Citar

Modenesi, André de Melo. 2011. “Conservadorismo E Rigidez Na Política Monetária: Uma Estimativa Da função De reação Do BCB (2000-2007)”. Brazilian Journal of Political Economy 31 (3):415-34. https://bjpe.org.br/repojs/index.php/journal/article/view/413.

Conservadorismo e Rigidez na Política Monetária

uma estimativa da função de reação do BCB (2000-2007)

André de Melo Modenesi
Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) e Pesquisador do CNPq.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 31 n. 3 (2011), Jul-Set / 2011, Pages 415-434

Resumo

ste artigo tem como objetivo avaliar a condução da política monetária após a adoção de metas de inflação. A formação da taxa Selic é modelada estimando-se uma função de reação do BCB. Os resultados mostram um grau excessivo de suavização da taxa de juros e um alto nível de taxa de juros de equilíbrio. Essa evidência apóia a crença de que a formação da taxa Selic é regida por um comportamento conservador. A condução conservadora da política monetária está relacionada a duas características distintas da função de reação do BCB: i) o grande peso dos componentes autorregressivos; e, principalmente, ii) um nível muito alto da taxa de juros de equilíbrio. A principal conclusão é que, permanecendo inalteradas, a taxa de juros dificilmente seria reduzida de maneira satisfatória. Uma deflação maciça e crônica seria necessária se a Selic atingisse um nível razoável, mais próximo do que as taxas no resto do mundo. Isso evidencia a necessidade de um debate sobre a adequação da atual estratégia de estabilização.

Classificação JEL: E43; E58.


Palavras-chave: Regra de Taylor Selic conservadorismo