Conservadorismo e Rigidez na Política Monetária
uma estimativa da função de reação do BCB (2000-2007)
Resumo
ste artigo tem como objetivo avaliar a condução da política monetária após a adoção de metas de inflação. A formação da taxa Selic é modelada estimando-se uma função de reação do BCB. Os resultados mostram um grau excessivo de suavização da taxa de juros e um alto nível de taxa de juros de equilíbrio. Essa evidência apóia a crença de que a formação da taxa Selic é regida por um comportamento conservador. A condução conservadora da política monetária está relacionada a duas características distintas da função de reação do BCB: i) o grande peso dos componentes autorregressivos; e, principalmente, ii) um nível muito alto da taxa de juros de equilíbrio. A principal conclusão é que, permanecendo inalteradas, a taxa de juros dificilmente seria reduzida de maneira satisfatória. Uma deflação maciça e crônica seria necessária se a Selic atingisse um nível razoável, mais próximo do que as taxas no resto do mundo. Isso evidencia a necessidade de um debate sobre a adequação da atual estratégia de estabilização.
Classificação JEL: E43; E58.
Palavras-chave: Regra de Taylor Selic conservadorismo