Estabilidade monetária e CEPAL: A heterogeneidade do pensamento estruturalista Latino-Americano

v. 38 n. 1 (2018)

Jan-Mar / 2018
Publicado em janeiro 1, 2018
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Como Citar

Aprigio, Pedro Luiz, e André Roncaglia de Carvalho. 2018. “Estabilidade monetária E CEPAL: A Heterogeneidade Do Pensamento Estruturalista Latino-Americano”. Brazilian Journal of Political Economy 38 (1):28-47. https://doi.org/10.1590/0101-31572018v38n01a02.

Estabilidade monetária e CEPAL: A heterogeneidade do pensamento estruturalista Latino-Americano

Pedro Luiz Aprigio
Graduado em Economia - Centro Universitário FECAP
André Roncaglia de Carvalho
Professor Adjunto do Departamento de Economia da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - EPPEN, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Campus Osasco.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 38 n. 1 (2018), Jan-Mar / 2018, Pages 28-47

Resumo

O artigo verifica a hipótese de homogeneidade estrita do pensamento estruturalista Latino-Americano em matéria de estabilidade monetária em seus anos iniciais. Em meados da década de 1950, o crescente e contínuo fenômeno inflacionário na região era explicado pela CEPAL como resultante da presença de estrangulamentos nas estruturas reais da economia. Entretanto, o canal de transmissão ao nível de preços é explicado pelos autores de maneiras diversas, gerando-se, por conseguinte, diferentes propostas de estabilização. O artigo sublinha a flexibilidade metodológica e o grau de fragmentação teórica da abordagem cepalina, bem como a controvérsia sobre a inflação constituir parte do processo de desenvolvimento. A análise destes elementos revela uma tensão entre os aspectos keynesianos anglo-saxônicos na abordagem de Prebisch e a original teoria latino-americana proposta por Noyola e Furtado. Avalia-se em que medida este descompasso impediu a constituição de um corpo teórico diferenciado em matéria de estabilização monetária. 

Classificação JEL: B25, B30.


Palavras-chave: Estruturalismo latino-americano inflação estrutural estabilização monetária CEPAL heterogeneidade metodológica