Escravidão “suave” no Brasil: Gilberto Freyre tinha razão?
Resumo
Este artigo examina a questão do caráter supostamente benigno da escravidão brasileira, em contraste com a na América do Norte. Nas análises econômicas da escravidão, a coerção em relação aos escravos é vista como um meio de atingir o máximo rendimento, especialmente na agricultura em larga escala. Nas pequenas explorações de escravos, no entanto, a coerção era geralmente ineficiente para esse fim, e incentivos positivos tendiam a ser preferidos. Argumenta-se que, como as evidências recentes no Brasil mostraram que prevaleciam os pequenos escravos, em várias regiões e períodos, isso pode dar apoio empírico à noção de escravidão relativamente benigna, usando mais incentivos do que coerção.
Classificação JEL: N36.
Palavras-chave: trabalho escravo Brasil: escravidão Brasil: século XIX