Mudança estrutural e crescimento da produtividade no Brasil: onde estamos?

v. 40 n. 2 (2020)

Abr-Jun / 2020
Publicado em abril 1, 2020
PDF-English (English)
PDF-English (English)

Como Citar

Nassif, André, Lucilene Morandi, Eliane Araújo, e Carmem Feijó. 2020. “Mudança Estrutural E Crescimento Da Produtividade No Brasil: Onde Estamos?”. Brazilian Journal of Political Economy 40 (2):243-63. https://doi.org/10.1590/0101-31572020-3089.

Mudança estrutural e crescimento da produtividade no Brasil: onde estamos?

André Nassif
Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense – UFF, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
Lucilene Morandi
Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense – UFF, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
Eliane Ataújo
Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá – UEM, e CNPq, Maringá/PR, Brasil.
Carmem Feijó
Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense – UFF e CNPq, Rio de Janeiro/RJ, Brasil.
Brazilian Journal of Political Economy, v. 40 n. 2 (2020), Abr-Jun / 2020, Pages 243-263

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir a evolução da produtividade do trabalho brasileira nas décadas de 1990 e 2000, para lançar luz sobre a resiliência da economia brasileira em recuperar o crescimento. O crescimento da produtividade do trabalho no Brasil, após mostrar taxas anuais positivas entre 1950 e 1979, ficou estagnado após 1980. Seguindo a metodologia de McMillan e Rodrik (2011), este artigo inicialmente decompõe o crescimento da produtividade do trabalho no período 1950-2011, de acordo com o componente ‘structural change’ (potencializador de crescimento) e o ‘within effect’ (que reduz o crescimento, se não for acompanhado por uma mudança estrutural significativa enquanto o país ainda estiver em processo de catching-up). A seguir, é apresentado um exercício econométrico para explicar os determinantes do componente ‘structural change’ no período 1995-2011. Os resultados mostram que a estagnação da produtividade brasileira é explicada pela tendência de supervalorização da moeda brasileira, pela reprimarização da cesta de exportação, pelo baixo grau de abertura comercial do Brasil e pelas altas taxas de juros reais vigentes no período.

Classificação JEL: 010; 011; 014; 047.


Palavras-chave: Desenvolvimento econômico catching-up crescimento da produtividade do trabalho mudança estrutural