O objetivo deste artigo é estabelecer os elementos sociais, políticos, econômicos e
culturais que estão na base da constituição de qualquer processo de desenvolvimento científico
e tecnológico, a fim de considerar a especificidade e os limites do caminho brasileiro
nesse assunto.
Classificação JEL: O33; B50.
Este artigo desenvolve a ideia de “construção institucional”, no caso do Brasil.
Demonstra-se a conveniência de ter conselhos com prazos fixos e alternativos, como forma
de dar continuidade à administração em alguns segmentos do setor público. Após a privatização
de várias empresas, é importante pensar na modernização e fortalecimento das outras
empresas que permanecem sob o controle do governo. Com base nesse princípio e nos
problemas relacionados à descontinuidade administrativa, são sugeridas algumas propostas
de mudanças institucionais.
Classificação JEL: H83; O25; D73; G24.
O artigo analisa o processo de reestruturação produtiva em curso no contexto
da globalização, priorizando suas dimensões sociais e políticas. Situa as transformações das
formas de organização e gerenciamento do trabalho em história. Faz uma reconstrução do
taylorism, do fordism e de sua crise. Discute diferentes abordagens, presentes na literatura
atual, sobre o “modelo japonês” (toyotismo) e sua aplicação no Brasil.
Classificação JEL: P12; L10.
Uma teoria das reformas institucionais deve reconhecer quais instrumentos políticos
estão disponíveis, como a política restringe os conjuntos de reformadores e se a
contra-política espontânea dos atores comuns provavelmente prejudicará as reformas. Uma
discussão do chamado Paradoxo da Determinação conclui que não é uma questão prática.
As ideias sugeridas pelo novo institucionalismo incluem medidas para reduzir riscos políticos,
aumentar a durabilidade das reformas e reduzir as transações. A principal fraqueza
da NIE como um guia para a política é sua compreensão limitada do papel das normas em
prejudicar as reformas e da dinâmica interna de longo prazo dos sistemas sociais.
Classificação JEL: B25; H11; D72.
Este artigo investiga alguns aspectos básicos sobre as definições e classificações
tradicionalmente usadas das atividades de serviço. A primeira parte do artigo avalia algumas
transformações essenciais das atividades de serviço, que estão ocorrendo nos processos
produtivos, na natureza do produto, no consumo e no mercado, desde o avanço das
recentes inovações tecnológicas. Ele enfatiza a dificuldade de medir e analisar essas recentes
evoluções econômicas, usando as concepções tradicionais. A seguir, propõe uma revisão e
atualização dos conceitos, a fim de adaptá-los ao novo papel desempenhado por esse setor
no contexto produtivo mundial.
Classificação JEL: L80; B41.
O artigo utiliza as ideias de Keynes para analisar a economia novo keynesiana,
suas suposições e seus corolários mais importantes. Ele examina a suposição crucial da economia
novo keynesiana: a rigidez de preços e salários. Concluída esta análise, os resultados
e métodos dessas novas escolas keynesianas são criticados. Conclui-se que apenas surgem
conflitos na relação entre Keynes e os economistas novo Keynesianos.
Classificação JEL: B22; E12; B41.
Este artigo é um relato da negociação brasileira da crise da dívida em 1987, que
representou um ponto de virada na história dessa crise financeira mundial. Quando o autor
assumiu o Ministério das Finanças do Brasil, em abril de 1997, o país estava em moratória.
O ministro, depois de consultar banqueiros internacionais, economistas e funcionários do
estado, preparou uma proposta para resolver o problema que se baseava em duas ideias
principais: a securitização da dívida com desconto e o relativo vínculo entre o FMI e os
bancos comerciais nas negociações. Em setembro de 1997, a proposta recebeu do secretário
do Tesouro, James Baker, uma resposta pública de “não-início”, mas, dado o interesse
que surgiu imediatamente na comunidade financeira internacional, dezoito meses depois,
o Plano Brady, que estabeleceu os parâmetros para resolver a crise da dívida, tinha como
propostas centrais essas duas ideias.
Classificação JEL: N16; B31.
Nas últimas quatro décadas, a relação entre desempenho econômico e política foi
examinada por meio de várias abordagens teóricas e empíricas, sugerindo a possibilidade
de um ciclo político de negócios em muitos países. Este estudo apresenta uma revisão dos
principais modelos da Teoria do Ciclo de Negócios e dos principais achados relatados na
literatura internacional. Em parte, a evidência empírica sugere que a variável política, particularmente
a variável eleitoral, é um determinante importante dos movimentos cíclicos da
economia, indicando que a Teoria do Ciclo de Negócios é consistente com o desempenho
observado de várias sociedades democráticas modernas.
Classificação JEL: D72; D78; B21; H50.