O artigo revisa as controvérsias sobre a neutralidade / não neutralidade da moeda na História do Pensamento Econômico, estabelecendo critérios para a classificação da ortodoxia e da heterodoxia, especialmente no que diz respeito às questões monetárias. O artigo enfatiza a não neutralidade da moeda sob a perspectiva da teoria monetária marxista da inflação, enfatizando as diferenças da teoria monetarista da inflação.
Classificação JEL: E4; E5; E11; E12; E40; E50.
O objetivo deste artigo é aplicar dois índices para medir a credibilidade da meta de inflação no Brasil e analisar seus resultados. Os resultados indicam que a estrutura adotada para este regime monetário no Brasil não é adequada para construir credibilidade.
Classificação JEL: E31; E52.
Este artigo compara o grau de transparência do Banco Central do Brasil (Bacen) com o verificado em outros Bancos Centrais (BCs) selecionados. Seguindo a metodologia desenvolvida em Hann e Eijffinger (2000), construímos um indicador de transparência baseado em: (i) quão claros os BCs estão com relação a seus objetivos de política monetária, e (ii) como os BCs são transparentes na implementação de sua política monetária. O Bacen tornou-se mais transparente após a adoção do regime de metas para a inflação em 1999. No entanto, esses procedimentos mais transparentes não fazem parte da lei que regulamenta o Bacen, indicando que eles podem ser facilmente substituídos.
Classificação JEL: E50; E58.
Este ensaio analisa o experimento argentino “currency board” durante a década de 1990, tanto do ponto de vista teórico quanto histórico. Descobriu que as tentativas anteriores de controlar a inflação com uma taxa de câmbio quase fixa em um ambiente altamente politizado deveriam ter sido uma lição a ser ouvida. Ao detalhar as várias deficiências das políticas econômicas domésticas, um amplo espaço é dedicado a examinar os mercados de capitais internacionais e seu impacto no programa argentino. Além disso, sustenta-se que o ambiente político argentino, cuja estabilidade foi crucial para o sucesso nos primeiros anos, deteriorou-se tanto depois de 1996 que contribuiu significativamente para o colapso do programa econômico e do próprio sistema. O ensaio conclui com uma breve consideração das políticas econômicas chilenas, que foram caracterizadas por um grande grau de pragmatismo e prudência e, consequentemente, conseguiram escapar do terrível destino de seu vizinho.
Classificação JEL: E31; E32; E42; E44; E61; E63.
O objetivo deste artigo é analisar, sob o referencial pós-keynesiano, a relação entre a centralidade e o dinamismo das regiões, e o comportamento de algumas variáveis financeiras regionais no Brasil de 1988 a 2000. Este trabalho realiza a análise utilizando delineamento geoeconômico apresentado por Lemos, Guerra e Moro (2000) e a existência do polígono de desenvolvimento proposto por Diniz (1993). Os resultados mostram a relação entre a centralidade de uma região e a presença de características institucionais que facilitam a criação do crédito no período analisado.
Classificação JEL: E60; G21; R12.
O objetivo deste artigo é analisar os principais aspectos do novo regulamento, a chamada “Lei de Responsabilidade na Gestão Fiscal”, utilizando a estrutura do desequilíbrio orçamentário como uma falha do governo. Ressaltamos que o princípio da nova regulamentação é que, se o planejamento do governo for altamente detalhado e o déficit estiver sob controle, não observaremos inflação nem pressões de endividamento. Existem dois grandes problemas de controle: limites para despesas com salários de pessoal e o montante da dívida. O novo regulamento restringe a ação pública durante o último ano do mandato e trata da importância de divulgar informações sobre questões fiscais e a participação do público nas práticas orçamentárias. Apesar dos bons aspectos da regulamentação – especialmente no último ano dos gastos de um determinado governo, ainda há alguns problemas: a falta de discussão sobre o tamanho adequado e as funções do governo e o componente anticíclico da ação governamental que é desprezado pela lei.
Classificação JEL: H60; H61; H62; H63.
Este artigo aborda o problema da gênese do discurso econômico. Argumenta que o trabalho de Adam Smith desempenhou um papel importante na delimitação da esfera econômica devido a: i) a natureza específica da filosofia moral de Smith; ii) a maneira como ele concebeu a economia como um domínio ontológico. No entanto, o artigo sugere que a teoria econômica de Smith permaneceu intimamente ligada à sua filosofia moral.
Classificação JEL: B12; B30; B40.
No nascimento da economia moderna, há a afirmação de que o mundo social é um efeito não intencional de decisões e ações individuais, um ambiente de conhecimento limitado ou “ignorância”. No século XX, dois filósofos se destacaram no que diz respeito ao desenvolvimento dessa ideia - Friedrich Hayek e Karl Popper. No entanto, não se pode afirmar com segurança que Popper e Hayek estavam em sintonia com as implicações da ignorância para a intervenção do governo na atividade econômica. Neste artigo, argumento que, em contraste com o liberal-conservador Hayek, Popper reconhece um importante papel legítimo do governo e da política democrática no aperfeiçoamento da vida social, precisamente por causa do problema do conhecimento limitado.
Classificação JEL: B25; B40.
O protecionismo tem sido uma fonte permanente de disputas internacionais desde pelo menos o século XIX. Nas últimas décadas, uma série de barreiras não-tarifárias criou um novo fenômeno global, o chamado Novo Protecionismo, que mais uma vez mostra a eficácia das forças que levam à adoção de barreiras comerciais por parte das nações. Este artigo tem como objetivo revisar modelos analíticos representativos que lidam com as causas do protecionismo. Primeiro, o artigo discute modelos históricos de economia política e seu foco em grupos sociais, instituições e análises históricas. Em segundo lugar, o artigo aborda modelos de economia política positiva que trazem organizações, interesses e atores sociais ao quadro da escolha racional.
Classificação JEL: F13.