Este artigo sugere algumas explicações para o aumento constante dos preços das commodities desde 2002. Em primeiro lugar, analisa as tendências de longo e médio prazo desses preços. Em segundo lugar, explora os determinantes do recente aumento, quais são as condições macroeconômicas da economia internacional, a alta taxa de crescimento da China e os choques de oferta que afetam a produção de algumas commodities agrícolas.

Classificação JEL: F100; O100; O130.

A segunda fase da industrialização substituta de importações, conhecida como ISI2, envolveu a mudança na América Latina para a industrialização "pesada", por volta de 1950-80. Esse período da história econômica foi criticado tanto pela esquerda quanto pela direita como sendo de dependência aumentada ou de demonstração do claro fracasso da intervenção do Estado na economia. Nesta nota de pesquisa, uso uma análise estatística básica para fazer backup de outras alegações descritivas de que o período ISI2 foi um sucesso misto, com a volatilidade macroeconômica acompanhando um grande progresso no PIB e no crescimento da manufatura. De certo modo, o período ISI2 conseguiu industrializar as grandes economias do período e contrasta favoravelmente com o registro do paradigma sucessivo do neoliberalismo. Esta nota de pesquisa procura levantar questões sobre a maneira como encaramos o período histórico do ISI2 e sugere que uma perspectiva mais aberta poderia levar a um paradigma de economia política mais eficaz e sustentável para a região no futuro.

Classificação JEL: B20; N16; O40.

Este artigo investiga a existência de estilos nacionais de economia política. São sugeridas as características e os determinantes dos estilos alemão, austríaco, francês e inglês. Algumas implicações metodológicas para a história do pensamento econômico são descritas.

Classificação JEL: B00; B40.

As atitudes em relação ao gênero e à homossexualidade tendem a estar ligadas no nível micro (indivíduos), o que explica a saliência política dessa nova divisão emergente. No nível macro (país), a principal conclusão é que as orientações de valor em relação ao gênero e à homossexualidade estão fortemente inseridas nas diferenças básicas de cultura ou civilização entre os países. À medida que os países em desenvolvimento se modernizam e entram na pós-modernidade, eles também experimentam a divisão de gênero, especialmente quando aderem a uma cultura individualista. Clivagens culturais na sociedade pós-moderna, seja em países ricos ou em desenvolvimento, só podem ser adequadamente pesquisadas pelo método da pesquisa. Abre uma grande área para análises micro e macro nas ciências sociais.

Classificação JEL: J16.

Este artigo trata das principais evoluções que explicam o surgimento de novos arranjos institucionais que caracterizam o pós-fordismo. (i) Por isso, mostrarei que as modificações dos direitos de propriedade geram novas formas de concorrência. (ii) Tornarei explícitas as expressões concretas dessa nova competição e como ela se traduz em uma alocação abaixo do ideal no âmbito do jogo de mercado. (iii) estudarei as modificações da natureza das externalidades produzidas pelos técnicos. progresso. (iv) Por fim, analisarei as implicações macroeconômicas em relação aos mecanismos de crescimento e à natureza do capital.

Classificação JEL: D8; D71; B52

Este artigo retoma criticamente o princípio de vantagens comparativas de Ricardo, apontando problemas de coerência interna que foram negligenciados pela literatura especializada. Primeiro, os desequilíbrios duradouros observados na balança comercial parecem incompatíveis com a idéia de que esses desequilíbrios são causados por avanços técnicos que alteram os preços relativos. Segundo, as vantagens comparativas não parecem funcionar em uma economia com um dinheiro de mercadoria aceito universalmente. Finalmente, a contradição entre os mecanismos padrão-ouro, regidos pela "Lei do Refluxo" de Smith, e a teoria quantitativa do dinheiro, que é uma condição necessária para o "segundo caminho" da teoria das vantagens comparativas.

Classificação JEL: F10.

Após ultrapassar mais de meia década desde a adoção da meta de inflação no Brasil, percebe-se que a manutenção de uma alta taxa de juros é inerente à estratégia de condução da política monetária. O objetivo deste artigo é mostrar que a atual política de definição da taxa básica de juros da economia, baseada na resposta à inflação considerando os preços de mercado e administrados, é onerosa para a sociedade brasileira. Com base em evidências empíricas no período 1999-2004, a adoção de um núcleo de inflação, uma mudança no horizonte temporal para a definição de metas e, em comum acordo entre o Banco Central do Brasil e o Tesouro Nacional, uma definição dessas metas de inflação , como estrutura para aumentar a eficiência do regime monetário, criando possibilidades de redução da taxa Selic.

Classificação JEL: E52; E58

O crescimento do contingente de famílias de agricultores pluriativos (pluriatividade) tem sido cada vez mais aceito como importante na redução da pobreza e do desemprego rurais desde pelo menos duas décadas na UE e muito recentemente no Brasil. Este artigo defende que, diferentemente da UE, no sul do Brasil, região da agricultura capitalista moderna, é difícil a pluriatividade crescer ao longo dos anos e, para que possa aumentar, as políticas públicas devem ser conduzidas principalmente para evitar a exclusão das pequenas fazendas, seu abandono gradual das atividades agrícolas tradicionais e não apenas para oferecer-lhes ocupações não agrícolas.

Classificação JEL: R23.

A dívida subnacional no Brasil foi marcada por resgates sucessivos do governo federal. O caminho da dívida subnacional induziu alguns moradores e autoridades estaduais a reivindicar novas renegociações. Mais especificamente, alguns governadores e prefeitos exigiram uma revisão dos contratos de refinanciamento. Este artigo pretende apresentar argumentos sustentados por simulações da evolução do caminho da dívida subnacional, negando a necessidade de mudanças no arcabouço legal que rege a dívida do Estado. A primeira seção consiste em uma breve visão geral. A seção a seguir trata da estrutura institucional projetada para salvaguardar o equilíbrio intertemporal fiscal. Na terceira seção, são abordadas as implicações da nova estrutura institucional na dívida subnacional; na quarta, são discutidas as possíveis causas que distorcem o caminho esperado da dívida. A quinta seção analisa as perspectivas futuras da dívida em termos gerais e focaliza alguns casos específicos, enquanto a sexta seção discute o problema sob uma ótica federal. Finalmente, a conclusão é apresentada.

Classificação JEL: H74; H77; H63.